Miguel Nicolelis dispensa apresentações, mas caso você nunca tenha ouvido/lido sobre este ‘jovem’ e simpático cientista, saiba que ele é considerado um dos maiores neurocientistas do mundo. A palestra de Miguel Nicolelis me chamou muito a atenção e, por isso, resolvi escrever sobre ela.
Até 2017, ano de escrita deste artigo, Miguel liderava um grupo de pesquisadores da área de Neurociência na Universidade Duke (Estados Unidos) e também o projeto do Instituto Internacional de Neurociências de Natal (RN).
Na palestra que assisti durante a Campus Party (São Paulo/SP – 2017), o cientista falou sobre a importância do cérebro como um ‘criador de tudo’. Miguel deu vários exemplos do poder das pessoas que conseguem utilizar o cérebro para despertar a genialidade e superar qualquer tecnologia.
Um jovem paraplégico usou o exoesqueleto e chutou bola na abertura da Copa no ano de 2018. A tecnologia foi desenvolvida pela equipe liderada pelo cientista, mas o grande segredo foram os estímulos recebidos pelo Juliano Pinto, 29 anos, ao dar o ‘chute simbólico’. O cérebro foi fundamental nesse processo.
Uma ótima dica para educadores e aprendizes (em qualquer área) é conhecer como o cérebro funciona e passar a utilizá-lo como uma ferramenta para aprender, ser mais criativo e produtivo. Na palestra de Miguel Nicolelis comecei a pensar sobre a possibilidade de provocar meus alunos em sala de aula, para que utilizem para o cérebro, não apenas de forma tradicional, e sim, criativa.
A maioria dos exemplos apresentados por Miguel foram de suas experiências com animais, onde sua equipe conhecia e analisava o comportamento e estímulos que o cérebro recebia em várias situações. Conforme ele apresentava seus exemplos, passei a relacionar muito com a forma com que os alunos adultos aprendem, se relacionam e recebem estímulos (ou não) de seus educadores.
Conhecer o cérebro, os processos neurais, as redes que se estabelecem, os neurônios que se ligam e fazem novas sinapses, se torna um diferencial para os educadores, afinal, ensinamos seres pensantes, com decisões próprias e com tendências ao autoconhecimento.
Já falamos muito sobre aprender a aprender, diversas técnicas de aprendizagem e formas de otimizar os estudos. O cérebro é capaz de fazer ligações impressionantes, e conhecê-las nos ajuda a aprender e ensinar melhor, consequentemente, criaríamos um ambiente de aprendizagem com ótimos resultados.
Fica aqui a nossa dica: Conheça seu cérebro!
Se você se interessa por esse conteúdo, pode procurar a palestra de Miguel Nicolelis no Youtube, que no momento desta postagem, se encontra disponível no canal da Campus Party.