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Saber não é o mesmo que saber ensinar

Na maioria das empresas, é comum que aquele profissional que mais se destaca tecnicamente — seja na solda, na mecânica, na elétrica ou em qualquer outra área — acabe assumindo o papel de instrutor ou multiplicador interno. Afinal, quem melhor do que ele para ensinar o que sabe, certo?


Nem sempre.


Instrutor olhando os alunos

O domínio técnico é fundamental, mas não garante a capacidade de transmitir o conhecimento de forma clara, envolvente e significativa. Ensinar adultos exige mais do que saber fazer — exige compreender como as pessoas aprendem.


É nesse ponto que entra a Andragogia: o estudo e a prática de como os adultos aprendem. Ela traz para o instrutor técnico uma nova perspectiva sobre o processo de ensino, ajudando-o a transformar sua experiência prática em aprendizados reais para os outros.


Vamos explorar melhor tudo isso?



Os desafios do instrutor técnico em saber ensinar


Assumir o papel de instrutor dentro da empresa parece, à primeira vista, uma simples transição: basta ensinar aos outros o que já se sabe. Mas na prática, é um dos maiores desafios da vida profissional.


Muitos instrutores técnicos se deparam com turmas heterogêneas, compostas por pessoas com diferentes níveis de experiência, idades, perfis de aprendizagem e expectativas. Uns aprendem fazendo, outros precisam entender o “porquê”. Há quem anote tudo, e há quem só preste atenção quando o conteúdo tem aplicação direta na rotina do trabalho.


Além disso, falta didática para envolver e motivar. Muitos acabam reproduzindo o modelo de ensino que conheceram: apagam as luzes, colocam um vídeo, e esperam que os alunos aprendam sozinhos. Outros transformam o treinamento em uma sequência de slides, repleta de termos técnicos, sem diálogo, sem prática e sem propósito.


Há ainda os que confundem autoridade com rigidez — acreditando que ensinar é impor —, ou os que, por falta de preparo, se sentem inseguros ao lidar com perguntas, distrações ou críticas da turma.


Essas dificuldades não surgem por falta de conhecimento técnico, mas por falta de preparo. É justamente aí que a Andragogia faz a diferença: ela oferece as ferramentas, a visão e a sensibilidade necessárias para que o instrutor transforme o treinamento em aprendizagem significativa, conectando teoria, prática e experiência.



Como dizem por aí: saber algo é poder. Mas saber ensinar esse algo é multiplicar o poder — é fazer o conhecimento gerar resultados, segurança e desenvolvimento.


Na Andragogia Brasil, acreditamos que todo instrutor técnico pode se tornar um educador inspirador, desde que aprenda a unir o domínio técnico à didática andragógica.


Para referenciar o artigo, utilizar:

Beck, C. (2025). Saber não é o mesmo que saber ensinar. Andragogia Brasil. Disponível em: https://andragogiabrasil.com.br/saber-ensinar

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