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Aprendizagem Vivencial (CAV)

A Aprendizagem Vivencial é a experimentação e ocorre quando uma pessoa se envolve numa atividade, faz uma análise crítica e consegue extrair um significado dessa vivência. A base vem do Ciclo de Aprendizagem de Kolb e pode ser aplicada em qualquer dinâmica ou atividade que envolva desenvolvimento de pessoas. A aprendizagem vivencial é estimulada pelo educador por meio de 5 etapas: Vivência, Relato, Processamento, Generalização e Aplicação.


David A.Kolb - Idealizar do Ciclo de Aprendizagem Vivencial
David A.Kolb - Idealizar do Ciclo de Aprendizagem Vivencial

1ª. Vivência: Nesta fase é onde acontece a atividade, é o momento onde os participantes vivem uma experiência com a condução do educador/instrutor. A atividade pode ser um jogo, uma dinâmica, um estudo de caso, ou qualquer outra que envolva os participantes em uma possível experimentação.


Os cuidados do educador/instrutor nessa etapa são em garantir que se tenha teoria e prática (não ficar apenas em conceitos), preparar o material com antecedência e conduzir os alunos para que reproduzam a realidade a ser trabalhada.


2ª. Relato: O relato é a fase em que os participantes compartilham, de maneira descritiva, os acontecimentos da atividade. Quais foram as percepções, os sentimentos e o clima de trabalho? O educador/instrutor pode pedir para que os participantes trabalhem com recursos que facilitam a expressão, como por exemplo carinhas de expressão, figuras, palavras-chave, baralho de sentimentos, cores, símbolos, etc.


O gerenciamento do tempo nessa etapa é fundamental, para que não se torne cansativo o relato dado pelos envolvidos na atividade. Caso sejam duplas ou trios, cada equipe pode compartilhar suas percepções em 1 ou no máximo 2 minutos.


3ª. Processamento: Este é o momento em que a presença do educador/instrutor é fundamental. Ele conduzirá com os participantes um diálogo embasado nas experiências, comportamentos, sentimentos e aprendizados que a atividade proporcionou.


Essa é a fase em que o educador/instrutor faz com que o grupo avalie sua performance na atividade, fale sobre suas dificuldades e facilidades, falhas e acertos. Este momento deve ser preparado antecipadamente pelo educador/instrutor, que poderá usar um dos instrumentos, como: Questionários individuais ou em subgrupo; Perguntas de “alta categoria” (aquelas que vão além do sim e não); Uso de recursos visuais (símbolos, figuras, cartazes, etc); Painel de apresentações (palco simulado, onde os representantes das equipes expõem as conclusões).


Lembre-se: a aprendizagem vivencial prevê que cada pessoa passe pela experiência e forme seus conceitos. O educador/instrutor (conforme diz o próprio nome) não é a estrela. Permita que o grupo brilhe e evite incluir-se com falas, palestras ou exposição de suas percepções. Este é o momento onde o educador/instrutor fica à margem das discussões.


4ª. Generalização: É o momento em que os participantes transferem as generalizações para as situações do dia-a-dia e relacionam comportamentos mais assertivos. Estimule as analogias, peça aos participantes que estabeleçam semelhanças e divergências do que ocorreu na atividade e o que ocorre no cotidiano.

Esta fase é a mais importante, pois faz com que as pessoas entendam os motivos daquela atividade tão lúdica e que, aparentemente, não tinha nada a ver com o trabalho ou a função de cada um.


5ª. Aplicação: Por último, fala-se da aplicação dos aprendizados onde são compartilhados os comportamentos a serem mudados e, principalmente, os que devem ser mantidos e multiplicados. É neste momento que o educador/instrutor obtém o comprometimento do grupo através de um instrumento formal (Plano de Metas, Plano de Melhorias, Plano de Mudança, Contrato de Aprendizagem, etc).


Aplicar o método de Aprendizagem Vivencial é uma maneira eficaz de fazer com que os participantes possam vivenciar as experiências, ou melhor, “literalmente sentir na pele”. É sempre importante permitir que a turma possa refletir a respeito da atividade e desenvolver opiniões individuais e coletivas. Através destas reflexões, transformamos sensações adquiridas através das experiências, em conceitos, que podem ser absorvidos e integrados no treinamento.


 

Para referenciar o artigo, utilizar:

– Beck, C. (2016). Aprendizagem Vivencial (CAV). Andragogia Brasil. Disponível em: https://andragogiabrasil.com.br/aprendizagem-vivencial/

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